Serenidade

Sensibilidade...

20 março 2006

Porquê?

Porquê?
Porque será que o que não queremos que aconteça volta sempre a acontecer?
Porque será que atraímos sempre o que não queremos para as nossas vidas?
Porque será que, mesmo pensando com muita força no que queremos, isso não vem até nós, seja cedo ou tarde?
Porque será que nem sempre a força do pensamento positivo funciona?
Porque será que o que tememos é o que vem até nós?
Porque será que,
mesmo com espírito positivo,
mesmo querendo muito alguma coisa,
mesmo mobilizando todas as nossas energias e
transmitindo ao Universo muita força e optimismo,
o que queremos que chegue, aconteça, se afasta de nós?
E…temos o que tememos, sentimos e fazemos o que não queremos?!
Já alguém disse que sou “incorrigível”!
Mas porque será que…
…tentando a correcção,
tentando a interpretar o que é menos bom, o que sentimos como mau;
tentando verificar o que impeliu determinados acontecimentos/ situações/acções;
tentando analisar o dia, as horas, os minutos;
as sensações e as emoções expressas e as reprimidas;
as conversas realizadas e as apagadas;
os silêncios desejados e os forçados…
Volta-se a acontecer, a atrair o que não queremos!
Volta-se sempre a errar!

19 março 2006

PAI!

Pai!
Dia do pai!
Porquê?
Se o intitularmos como Dia de S. José, sim, faz sentido.
Mas dia do Pai de cada um de nós! Simples mortais?!
Pai, está ou deveria estar, todos os dias, em todos os momentos na vida da criança.
“Mas… não sou criança e festejo Dia do Pai!”: pensam alguns!
Esquecendo que sempre seremos vistos como crianças ao olhos dos nossos pais.
Dia do Pai!
Mais um dia para o espírito consumista da nossa sociedade,
que, como simples mortais deixam-se levar e…
…gastaram uns euros em algo,
que daqui a alguns dias, já não digo horas,
perdeu o seu valor por completo.
Algo que, até passa a ser olhado como um “estorvo”
O que não seria estorvo, é o sorriso sincero, o beijo carinhoso, o abraço sentido.
Porque não é dado este presente no Dia do Pai?
Porque se espera por ele diariamente?
Então porque não serem todos os dias Dia do Pai?

Porque o filho não consegue dar um abraço sentido?
Um beijo carinhoso?
Um sorriso sincero?
Porque o pai não tem tempo para o receber?
Porque o pai não conhece o seu filho e o filho seu pai?
Porque o pai e o filho não o querem?
Mas… porque não?
O que se passou/passa para que seja apenas,
(ou quase sempre apenas)
no Dia do Pai que o pai tenta
dar e receber atenção ao filho
e o filho uma atenção especial ao pai?
Porque não serem Verdadeiro Pai e Filho todos os dias?

18 março 2006

Abraço

Abraço
Abraço sentido!
Abraço esquecido!
Abraço por abraço,
sem se sentir que o abraço é amargurado.
Amargurado pela ausência do abraço.
Abraço retraído,
devido ao abraço que não foi dado.
E agora… fará sentido dar o abraço?
Abraço ansiado,
procurado,
sentido sem se sentir!
Imaginado e realizado.
Abraço que se espera e…
…quando é realmente sentido,
o corpo se retrai,
e, ironicamente, não é sentido como um abraço!!
Inesperado, mas muito ansiado!
E, na ausência de espontaneidade,
é abafado.
Mais uma vez se perdeu um abraço,
dado de coração,
mas…
a ausência prolongada de abraço,
eliminou a sensação do abraço.
E… esse abraço retraído, não sentido,
afasta quem o dá com amor e devoção.
Quem o recebe e não sente,
porque nunca o sentiu mas sempre o quis sentir,
embarca na dor de não sentir o que sempre quis e quer sentir:
O Abraço!
tão procurado, tão esquecido, tão relembrado, tão ansiado.

13 março 2006

Criança

A criança ri, brinca, chora, alimenta-se...
Tudo parece bem!
Dia após dia, além de tudo o que se observa nas suas atitudes, a criança também está atenta.
A observação, o acto de observar, está presente em qualquer idade mas, na infância, está mais sublimada.
Ela capta tudo, aleatoriamente, sem regras assimila, mas não interpreta.
A criança, é como um esponja absorve tudo, mas chega a uma altura que começa a querer mais do que assimilar. Começa a interpretar, não só o que observa no momento mas também o que já assimilou e a fazer comparações.
Por vezes esquece, ou quer esquecer, certas vivências, certas observações, que assimilou mas que não interpretou, nem mais tarde quis interpretar.
Só que, a ausência contínua de interpretação, de resolução, desse esquecimento propositado começa a reflectir-se. Os reflexos de "algo", de grande importância, mas "atirado para a cave e fechado a 7 chaves", começam a reflectir-se na vida da criança - agora adolescente ou jovem adulto. Reflecte-se nas suas vivências, nos seus afectos, na expressão destes, na sua saúde...
Não se pode pensar que a criança não assimila, não está atenta a tudo. Mesmo no meio das suas brincadeiras é uma esponja. A única diferença é que a esponja tem um limite de absorção e a criança não, ela absorve tudo, de maneira aleatoria e ilimitada.
Tudo...mesmo o que os adultos consideram que lhes é indiferente!

Dia!

O dia amanheceu,
após uma noite mal dormida (que a noite não tem culpa!),
uma dor de cabeça ( que teima em continuar desde o dia anterior)
e um peso no estômago (ou será na consciência!?).

A viagem para o trabalho,
assim como, a manhã de trabalho,
decorre harmoniosa e serena!
Para os demais, excepto para a própria.

Está presente, sem o estar;
tem consciência dos momentos de inconsciência e alienação que assombram.
E.... a dor de cabeça continua.

Observa e repara: há pessoas felizes,
outras envolvidas completamente no seu trabalho,
outras observam os demais,
outras têm um olhar perdido observando sem observar.

Fala-se com este, com aquele e com o outro!
Transmitem-se sorrisos de simpatia,
finalizam-se situações pendentes,
programam-se saídas de trabalho e outras de lazer,
conversa-se sobre temas banais, mas que....

Oferece-se ajuda!!
Mas... Quem é que precisa de ajuda?!

12 março 2006

A leitura é um dos meus hobbies preferidos. Terminei, finalmente, a trilogia de "Conversas com Deus" e inicei a viagem no "O Zahir" (um dos três ou quatro livros que tenho em "lista de espera"). Em quase todos os livros encontro expressões/frases que me tocam, que me fazem reflectir. As que se seguem são algumas que chamaram a minha atenção, ontem, enquanto lia "O Zahir":

"Liberdade não é a ausência de compromissos, mas a capacidade de escolher e de me comprometer com o que é melhor para mim."

"Basta prestar atenção; as lições chegam sempre quando você está pronto e, se estiver atento aos sinais, aprenderá sempre tudo o que é necessário para o próximo passo."

10 março 2006

Felicidade

Felicidade....
Realidade ou ilusão?
Momentânea ou permanente?
Dependente ou independente do exterior?
Porque a procuramos?
Porque a escondemos?
Porque negamos a sua verdade?

Felicidade é....
o sorriso no rosto de uma criança (que mesmo descalça sorri!);
o amanhacer na montanha (espero que continuem a existir verdadeiras montanhas e não apenas "calhaus"!);
os primeiros raios solares (que tenho o privilégio de contemplar e de saudar);
o pôr do sol (apesar da camada de poeiras e gases que teimam em ofuscá-lo ele não se inibe de nos mostrar a sua beleza);
o desabrochar de uma nova vida depois de destruída (os incêndios destruiram as florestas, agora, as sementes resistentes germinam e mostram ao Homem a sua beleza, sem mágoa);
a"luta"do Homem pelo que deseja, tendo o cuidado de não prejudicar a vida de outro(s) Homem(ns);
trabalhar com Amor (sem se sentir na obrigação de...);
olhar os rostos perdidos e transmitir um sorriso de esperança;
poder transmitir uma mensagem de esperança, colocando um sorriso num rosto rígido...

Pois bem;
a felicidade é real, pode ser encontrada em muitas cicunstâncias, independentemente da agitação envolvente.
É só observar e verificar.


Caminho

Ouvi uma frase que se aplica a qualquer situação, a qualquer pessoa, em qualquer ocasião: "Para percorrer um caminho o importante é dar o primeiro passo!"
Pois bem... comecei a dar os primeiros passos. Não sei o que me espera, não sei o que vou encontrar, nem o que virá até mim!
Mas... é um caminho que, até um determinado ponto é ambíguo, confuso, ilusão, sonho e realidade eminente!!!
Até lá, é fundamental estar consciente, atenta, ..., para tentar que as decisões, que sejam necessárias tomar, sejam as melhores possíveis (no momento), as que permitam uma melhoria, uma evolução efectiva e não a estagnação!
Nesse ponto, é possivel que a mudança de percurso seja radical ou ténue ou então, também pode acontecer, que não haja mudança, o que seria muito mau. O desconhecido assusta, mas, normalmente, permite que o caminho seja muito mais enriquecedor.
Creio que, o estar consciente das diferentes opções e possíveis consequências permitirá que, aquando da tomada de decisões, estas sejam as mais adequadas.
Assim o espero!

04 março 2006

Ontem, hoje e espero que nos próximos tempos uma ideia, um "mantra", tem estado constante na minha mente "Nada nem ninguém vai-me impedir de atingir os meus objectivos". Andava a adiar à muito tempo tomar definitivamente decisões que sabia que as tinha de tomar! Mas... A mudança causa medo. O ser humano é, por natureza, um ser avesso à mudança. Sei que ainda estão em "stand-by". Não depende apenas de mim iniciar este novo caminho! Espero é que quando poder iniciá-lo tenha possibilidades de ir avante e não esqueça que preciso e que tenho que seguir o "tal" caminho.
Não é um percurso que escolhi única e exclusivamente por ousadia ou por achar agradável, é acima de tudo por ser o melhor para mim. Aquele que irá permitir que cresça como pessoa.
O que me levou, várias vezes, a esquecer esse caminho, por mim desejado, e a tentar convencer-me que não precisava tomar esse rumo, foi o facto de que terei que magoar pessoas muito queridas, que querem tudo de bom para mim. Só que não percebem que esse bem que desejam para mim é este caminho que não querem que eu tome. E... chamam-me ingrata, etc. Mas se gostam de mim, têm que deixar que eu prossiga, têm que deixar que eu voe, mesmo que as minhas asas ainda não estejam habituadas a essas andanças! Posso cair, mas a vida é assim mesmo. É com as quedas, com as mais váriadas vivências, que aprendemos e que evoluímos.
Estou decidida a tomar um novo rumo, espero que na altura, não arranje uma desculpa para não ir ao encontro da minha vida, da minha harmonia, da minha Paz, da minha saúde, enfim da minha Felicidade.

03 março 2006

"Eu"

Verifico que a sociedade está cada vez mais desconfiada. Não acredita em nada do que ouve, do que lê e até o que vê é colocado em causa! Umas dizem que são cépticas, outras que já sofreram muito e por isso já não acreditam em nada nem ninguém!
O que se passa? Serei ingénua? Penso que não. Acredito sempre, à partida, no que me dizem até verificar o contrário, até que os outros vejam que não é preciso omitir (e muitas vezes o que é catalugado de mentira não é mais do que uma omissão da verdade) nada para serem aceites, para serem bem recebidos e bem sucedidos. Porque a sociedade está sempre a esconder-se? Usam diariamente uma máscara do que gostariam de ser mas que não o são! E porque será que não o são? Não será porque no seu intímo não o querem realmente ser, não será que lhes falta vontade para isso? Mas se não o são porque escondem o seu verdadeiro eu? Têm medo? De quê? Só pode ser delas próprias! Porque não acreditam nas verdadeiras potencialidades do seu "eu". E aqui está o cerne do problema. Se não acreditam nelas próprias, como vão acreditar facilmente no que ouvem, lêm ou até vêem? E o resultado é um dia a dia frustrante, esgotante, decepcionante. Porque esgotam todas as suas energias sendo, esforçando-se para serem quem não são.
Não quero que pensem que sou um "poço" de autoconfiança. Bem pelo contrário, só que pelo menos estou consciente da realidade. Sou diariamente o que o meu "eu" é e quer ser, apesar de, por vezes, acreditar muito pouco nas minhas próprias potencialidades. Se estou triste não forço a alegria, espero que ela venha sem esforço porque então é o verdadeiro Sol a invadir-me. Se estou alegre, expresso-o não me inibo e devo dizer que essa expressão por vezes não será bem entendida pelos que me rodeiam, porque sei que a expresso sem me conter.
No entanto, também verifico que a maioria da sociedade manifesta, ou não, o seu verdadeiro "eu" dependendo com quem se encontre! Porquê? Vamos tirar a máscara, sendo verdadeiros seremos muito mais felizes e estaremos no bom caminho para encontrar acima de tudo a PAZ com o nosso "eu", deixaremos de estar em luta com o "eu" que tem sempre que se esconder.
Se cada um de nós for verdadeiro consigo próprio, é-o com todas as pessoas que entrem ou apenas que passem pelas nossas vidas, logo acreditaremos em tudo o ouvimos, lêmos e vêmos.

01 março 2006

"Tanha dil"

This simple words is for everyone who have a tanha dil, like my heart and your heart!

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