Serenidade

Sensibilidade...

29 março 2007

O raio que há em mim!

(Foto de Serenidade)

Um raio de luz refulgente
atravessa-se na minha frente
é lava viscosa eminente
feroz, vagueia infinitamente.
Centelha de círio luzidio
transmuta-se a cada instante
num magnifico arco-íris
de cor esplêndida, fulgurante.
Entra em mim e eu nela
ambos unos com o Cosmos
com a mãe Terra a unicidade
afago-a no meu sadio colo.
Sou o raio assaz penetrante
que quebra toda a razão
destrói pútrida sensação
para se unir com emoção.
Sou corisco suave e sereno
que embala os corações
em especial o meu, pequeno,
repleto de agitações.
Sou faísca esguia e astuta
que vagueia desorientada
trilhos celestes percorre
ao encontro do ser amado.
Chispa divina vinda dos Céus
enaltece todo o meu ser
ilumina o sereno corpo
que tanto precisa de adormecer.
O clarão deste ameno raio
precisa de se fortalecer
encontrar-se e perder-se
para um dia, cintilante, reaparecer
.

27 março 2007

Chegarás!

(Foto de Serenidade)

Nas entranhas de mim Terra
guardo minha energia
relíquia de outrora
no hoje ressurgida.
Ecos do meu sentir
bradam para lá do horizonte
nas serranias o atalho
os trilhos no monte.
Thetys vagueando
entre pirilampos e luares
aqui e ali o rebento,
a luz dos seus olhares.
A lava ressurge violenta
qual amor aprisionado
de décadas de demanda
espírito apaixonado.
Na espera a relíquia
de pérola em ostra cativa
figura deveras esplêndida
na defronta mais que viva.
O voo amedrontado da garça
açoitado pelos vendavais
amainou na penosa demora
passados os temporais.
Ecoa meu singelo arrojo
para além do (a)mar
anseia ter-te presente
três minutos no meu lar.
Cavalgando voa até ti
que aguardas na estação
o comboio apressado
nem dá conta da união.
Relembra os tempos
que foram... e sempre serão
sons voltam e abalam
embatendo no coração.
Com laços de cetim
fiz gracioso pacote
com teu e meu sentir
antes que ele não volte.
E unos no Cosmos
nossa alma se encontra
aqui, a constante procura
daí a perpetua demora.

26 março 2007

Parabéns "inho" lindo


Vinte e cinco de Março
dia de intensa alegria
muitas lágrimas correram
pelo nascimento luzidio.
Um sereno menino
calmo, astuto e habilidoso
quinze primaveras festejamos
é um rapazinho amoroso.
Cresceu calmo na confusão
uma luzinha a aclarar
esperando a hora certa
para poder deslumbrar.
Mimado o quanto baste.
Quem não gosta de mimo!
A madrinha dá-lhe com certeza
os pais com todo o carinho.
Empenhado na sua labuta
resultados estupendos
o computador o amigo e inimigo
dos desfechos vividos.
Amante do que é belo,
Cresce interiormente
Exterior sereno e frágil
Círio magnifico e luzente.
Para ti querido afilhado
que tanto o que querias
aqui está minha homenagem
foi um magnifico dia.

25 março 2007

Sou...


(Foto de Serenidade)


Quem sou? Sou. Eu comigo.
Sou eu. Apenas e só.
Sou quem quero… agora.
Sem ser o de ontem.
Que já lá vai.
Hoje, sou Eu.
Amanhã serei o que decidir.
E na representação da minha vida
Sou o realizador, encenador e actor.
Faço as partituras e orquestro
a senda que minha é,
a nenhum outro pertence.
Sou o pintor, o pincel, as tintas
e a tela em continua labuta.
Sou o mar, o rio, a selva e o deserto.
Nesta nossa amada Terra
escolho ser a cada momento
o que desejo realmente ser.
Sou o que sou aqui e agora
Deixando-me ser a essência
da vida que pela vida vive.
Sendo Eu. Só Eu. Comigo…só.
Quem sou?
Eu!
Que decido ser assim como sou!

23 março 2007

Amizade


(Foto de Serenidade)

Aqui está a minha singela resposta ao pedido da minha querida Ju*
Amizade não existirá
existe no agora
no coração do Homem
na luz de outrora.
Sente-se de imediato
na estação do comboio
no banco partilhado
no fluir do silêncio dado.
Está lá no horizonte
mesmo que a bruma ofusque
é farol nos vendavais
círio de veludo toque.
Nasce da noite para o dia
sem motivo nem aspiração
são frequências análogas
ambos na mesma vibração.
Conhecem-se de imediato
em quem se pode confiar
ama-se totalmente
só dá vontade de abraçar.
Amigo vem e vai
não se quer aprisionado
a volta, mais que certeza
não é ilusão imaginada.
Dá-se uso do amigo
em qualquer situação
ajuda-se se solicitado
nada de interferir na decisão.
Agradecer? Sempre!
Mesmo não sendo necessário
uma demonstração de aceitação
do auxílio prestado.
A pérola mais bonita do Universo
amizade é com firmeza,
flor mais bela do jardim humano,
o amigo é com certeza.
Obrigada meus amigos.
Reais… no ontem e agora partilhado.
Virtuais… no carinho prestado.
Assim-assim… no privar acanhado.

Lanço o desafio para falar de Amizade à Isamar.

21 março 2007

O rio e o (a)mar ... a companhia


(Foto de Serenidade)


O rio corre-me nas veias
flúi apressado até ti
meu mar que tanto anseio
sentir-me aconchegada em ti.
Vivo para ti
por mais que diga que não
o sentir mais que muito,
aprisionada a emoção.
Corre o rio desde a nascente
o meu riacho eclode
nos olhos inflamados
de procurar minha ode.
Em ti me encontro
por ti vivo
o lado esquerdo dói
sem ti desmotivo.
Na foz o encontro ansiado
entre o querer e o sentir
procura-se a abundância
nos braços a ressurgir.
Quero deixar-te ir
se não quiseres estar
pesa a vida sem ti
não te desejo aprisionar.
Veleiro que vagueia sem rumo
desnorteado no seu norte
leva-o a leveza da bruma
sem temor da libertadora morte.
Do lado de lá nos fundimos
mescla de águas brilhantes
na confluência o encontro
de almas em lavas exultantes.
Fluidos se incorporam
amálgama de rio e mar
a seiva do meu sentir
cavalgando pro teu (a)mar.

17 março 2007

"O altar da Natureza"

Uma das porta de entrada para uma pequena grande maravilha

MATA DO BUÇACO


Onde se vislumbraram pequenos regatos em qualquer parte do percurso.



Fetos arbóreos


Sequóias centenárias



Uma ermida dos Carmelitas Descalços


Palácio neo-manuelino

Convento dos Carmelitas Descalços, uma obra arquitectónica de grande singeleza
Visita de Estudo do CEF

16 de Março de 2007

(Fotos de Serenidade)

BOM FIM DE SEMANA

Agora é preciso descansar depois de um dia agradavelmente grande.

15 março 2007

Criação...


(Foto de Serenidade)


Conhece quem está a teu lado
de forma profunda e eloquente
verás que é mais do que parece
e dele(a) gostarás facilmente.
Confia na tua intuição
quando diz para desarmares
para quê duvidar das palavras
são vocábulos pra despertares.
Ama como te amas
para isso terás de te amar
é só cuidares devidamente
de ti e quem queres estimar.
Abraça forte, abraçando-te,
para que sinta o quanto o(a) aprecias
só assim se alimenta e nutre
o sentir revelado harmonia.
Usa-o(a) para todo o bem
mesmo que agora o teu mal
a cumplicidade a astúcia
que revela o universal.
Ajuda na enunciação da alegria
na tristeza e na vivência
um "não" pode ser a achega
na decisão da existência.
Agradece por tudo e por nada
pelo que não tens e terás certamente
estarás a alimentar o que virá
a edificar a amizade com arte.

13 março 2007

Comigo...

(Foto de Serenidade)

Viver… só… comigo
na imensidão do Universo
é uma alegre penúria
um verdadeiro progresso.
É triste clausura
se fecho as portas do ser
exultação emergente
se a alma comparecer.
É constante contradição
entre o querer e o dever
a harmonia procurar
célula a célula, no meu ser.
Vivo comigo a procura
a serenidade constante
o equilíbrio requerido
no universo apaziguante.
Na espuma do oceano visualizo
o alegre rosto de criança
vivendo consigo um acordo
manter constante a esperança.
A auto-suficiência a ilusão
que tento incutir
mas só vejo a altura
de contigo estar a sorrir.
Comigo e contigo é o certo
numa amálgama de ternura
comigo é mais que evidente
contigo na merecida altura.

11 março 2007

Menina...Mulher...

(Foto de Serenidade)

Recordo com melancólica alegria
os momentos de menina
uma alma aprisionada
um corpo amedrontado na vida.
Uma tímida garotinha
atenta a todos os demais
encarregue de acudir
a quem quisesse mais.
Assim entendia … tinha de ser
contentar tudo e qualquer
para acolherem a criança
em seus colos a envolver.
Carinho o só almejado
na beleza da singela flor
ameigada nas pequenas mãos
como tesouro valioso… o amor.
Pequena na grandeza do seu ser
era rainha do seu jardim
cuidava seus dependentes
como se o hoje fosse o fim.
As ervas daninhas retirava
com delicado cuidado
entendia sua sede pela vida
deposta na sã terra … a meu lado.
Alma enclausurada em frágil ser
viajou até hoje… sem notar
o caminho entre elas não existe
ambas percorrem a jornada a amar.
Recordo a jornada
anos de ilusória clausura
esteve sempre tão presente
ambas são só ventura.

09 março 2007

Caos Ilusório


(Foto de Serenidade)

No cáustico Universo
tudo existe em sintonia
o que se reflecte na natureza
sua beleza uma harmonia.
O Homem, ser cadenciado
sons melódicos, ser peculiar,
ouve-se a vibração do murmúrio
do Universo a protelar.
Contesta a discordância
entre o ser e o sentir
procura no seu íntimo
o que tem a digerir.
Abrasiva forma de ser
o Homem tem escolhido
tolhe-se na escuridão
da luz tão apetecida.
Na escuridão da noite
encontrarmos claridade
é só seguir a alma
na ausência da idade.
Irónica forma de ser
pensa que tudo conduz
vasta averiguar e ver
a certeza é a luz.
Sol a luz acolhedora
Lua o círio na noitada
Alma a tocha nas encruzilhadas
o coração tem orientado.
Aparente caos, erro exacto,
com o Cosmos… só conexão
a certeza é a ligação
mas… vive-se a vã ilusão.

08 março 2007

Mulher


(Foto retirada da net)

A mulher tenciono felicitar
sensibilidade na flor da tez
sentires profundos expressa
antes de proferir o que fez.
Converte o mundo num jardim
se a permitirem sentir
é rosa exuberante
com espinhos a digerir.
Beija-(a)flor
para no seu ventre abrigar,
o amor que a qualifica
ser amado a prosperar.
A todas as mulheres
que no seu íntimo se abrigam
deixo meu refúgio

para expressarem o que sintam.
Parabéns Mulher
não esquecendo os homens bons
na unicidade se fundem
com nosso ser em expansão.

07 março 2007

Unicidade

(Foto de Serenidade)

Gotículas de orvalho pendem cintilantes
dos ramos dos ciprestes do Marão
as nuvens dançam entre os galhos
com abraços que acolhem a imensidão.
Pérolas da mais bela ostra
inclinam-se até ao solo
beijam a brisa da madrugada
chegam serenas ao meu colo.
Abençoada energia primordial
que tudo criou com mestria
desde o Universo enigmático
até à ínfima partícula da melodia.
Tudo se move em uníssono
a seiva da árvore, a água na terra
a linfa dos vasos minúsculos
o sangue vivo na guelra.
Na ondulação agreste do mar
serena, procuro a harmonia
a unicidade com o fluido vital
consciência de pura sintonia.
Nas descidas e subidas no cosmos
acompanha-me a melodia
o batimento rítmico do coração
embate de amor e simpatia.
Um querer de amor infinito
que em ti seja acolhido
transcende a Via Láctea
e só quer ser entendido.
Por entre as gotículas do relento
vislumbrei a beleza do teu ser
senti-me em ti à distância
apesar de não quereres aparecer.
A plenitude chegará um dia
agora apraz-me pequenos nadas
deleito-me com o que tenho
consciente de nunca ter nada.
Por vezes creio que sim
outras creio que não
o coração almeja o sim
a razão teima na negação.

05 março 2007

Os olhos a janela...

(Foto de Serenidade)

Da janela do meu céu
observo com amor
o planeta a brilhar
apesar de algum desamor.
Meus olhos a janela
da senda almejada
o coração em harmonia
a alma apaziguada.
Vislumbro o belo no escuro
sublime tudo é … será
é preciso acreditar…
a harmonia chegará.
Territórios abençoados
são todos especiais,
a comarca das formigas
o território dos chacais.
Tudo é luz cintilante
beleza peculiar
o arco-íris exuberante
a gaivota a voar.
Abre a tua janela
teus olhos vão contemplar
a beleza da vida
o Universo felicitar.
Saúda a consciência
cegueira ausente, visão alargada,
aprecias teu maravilhoso ser
estimas o que está ao teu lado.
Nunca fechei minha janela
examinei o óbvio e o escondido
vi a beleza nas criaturas
o encantador Universo perseguido.

03 março 2007

Danço...


(Foto de Serenidade)

Danço a dança do desejo
de te ter perto de mim
mesmo que saiba impossível
tenho esperança no fim!
Bailar ao sabor das marés
na certeza do bom porto
teus braços envolventes
a brisa no meu rosto.
Prelúdio da tua entrada
no meu refúgio aportar
meus braços receberem-te
e muito te acarinhar.
Canto e danço para mim
sei que muito aprecias
com olhos da tua alma
observas em harmonia.
A cadência dos sons
transfigura-se em tons
um arco-íris luzidio
murmúrio dos meus sons.
Rumor do meu clamor
luz dos luzeiros
acalentam a dança
entre as macieiras.
Oculto a dança invasiva
meu corpo em rodopio
vejo-te, observas-me
entoas em assobio.
Danço com volúpia
tua serena entoação
com entusiasmo e empenho
contigo no coração.

01 março 2007

Vislumbro-te


(Foto de Serenidade)

Vislumbro-te no horizonte,
na mescla de cores da alvorada,
inicia o dia pitoresco,
a ânsia de ser amada.
Alecrim e rosmaninho
ornam o trilho almejado,
não quero ver os espinhos
atiro-os para outro lado.
A primavera a chegar
do lado de cá … na direcção certa
o lado esquerdo amparado
com a luz que me desperta.
Urze agreste em flor
já se pode vislumbrar
o roxo aureolando serras
sortilégio dos deuses a cativar.
Mimosas com seu mimoso vivo
amálgama verde e áureo
colorindo meu olhar formoso
esperando um real corpóreo.
Ou se tem ou não tem
não há meios desejos
pretendo a Primavera
em todos os ensejos.
Intenção que tua figura
se afigure no corpóreo
é intensa e efectiva
não almejo o ilusório.
No meu amor com a natureza
não necessito de nada
está em mim e eu nela,
uma união ameigada.

A ligação desejada
vislumbra-se na alvorada,
seremos unos, como sempre,
corações apaixonados.

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