Serenidade

Sensibilidade...

29 dezembro 2007

Happy New Year




2008


27 dezembro 2007

Olhos que me olham

(Foto de Serenidade)



Olhos brilhando de candura,
sorrisos libertos de amargura,
uns tímidos escondidos,
outros joviais, fugidios.
Energia que em cada célula pulsa,
alegria, com ela, comunga.
Bem-estar na cumplicidade perdura,
interacção faz-se com finura,
filigrana tecida com Amor,
almas que fitam com louvor.
Visão emudecida atroz,
Homem, não respeita, é feroz.
Ah divino, revelaste no pequeno,
onde se descortina o sereno,
revelia de ser a materialidade,
ânimo que aspira a liberdade,
pronunciar-se em aberta acção,
materializar o doce coração.
Olhos brilhantes luzidios,
brisa de animados sorrisos.




"...isso de destruir ficções sociais tanto pode ser para criar liberdade, ou preparar o caminho da liberdade, como para estabelecer outras outras ficções sociais diferentes, igualmente más porque igualmente ficções."
Fernando Pessoa

23 dezembro 2007

Natal é luz



Natal é luz,
rosto sereno, risonho nos seduz.
A alegria de ver o vermelho surgir,
na chaminé, preta, a bradar,
“Ho! Ho! Ho! Chegou o Pai Natal!”
“Pai Natal trazes prendas? Visíveis ou invisíveis?
“Ho, ho, ho, trago aquela que mais precisas,
muito amor e calor pró teu coração!
O bom presente é aquele que tem emoção!
Com ele consegues tudo o que quiseres,
uma existência Feliz, um rosto Alegre,
um coração em Paz, uma vida que seu rumo segue,
uma mente Serena, um corpo Harmonioso.”
“Pai Natal, Menino Jesus, obrigada pela tua existência,
sem ti, o Amor, jamais seria permanência,
no coração do Homem a chama luzidia,
que faz vibrar os fluidos, com que o rosto sorria."


FELIZ NATAL 2007

Votos Serenos da Serenidade

19 dezembro 2007

Gotas de candura

(Foto retirada da net)
Castelo de Bragança com neve, tal como está, hoje!





Caem dos céus fragmentos de candura,
embatem na Gaia procurando partitura,
onde as notas errantes se agrupam,
os sons eclodem de uma voz única.
Os Deuses decidiram caiar,
uma paleta alva, unicolor, utilizar.
A tela, magnânima na sua inocência,
exuberante na sua realeza.
Lágrimas maciças, cristalinas,
aspirando pura maresia.
O negro sobrevive!
Na cegueira de uma lúcida visão,
prepotência das vestes que ofuscam a podridão.
Caiadas de branco? Pura ilusão!
Criador do que Existe,
pincela de branco o preto que subsiste.
Um agoiro soou lá ao fundo,
ecoou bem profundo,
a revolta de ter a beleza,
angustiados. Ausência da visão da pureza!
O presente ofertado pelos Céus,
manto branco purificador,
frio no olhar, na alma tem o alvor,
nos corações cegos do louvor.
Caem dos céus pedaços de brancura,
almejando agregar-se no calor que perdura,
nos corações do homem ter o calor,
declarar seu imenso AMOR.


"Quando recordamos os Natais passados, normalmente descobrimos que foram as coisas mais simples - não as ocasiões grandiosas - que nos ofereceram o maior brilho de Felicidade."

Benjamim Franklin

15 dezembro 2007

Incógnita prisão

(Foto de Serenidade)


Aprisionada ao incógnito do nada,
ter o sorriso do Sol,
na Lua o farol.
Alma fica presa às pedras da calçada,
magoada, pegada solitária, acompanhada!
Prisioneira de um sentido sem sentido,
razão sem comiseração,
ser ausente de gotas de orvalho, partilhadas,
da semente que não brota, atribulada.
Cativeiro que envolve o mar da nostalgia,
revolto, transmite harmonia.
Lá, onde o abraço é imenso,
enigmático rosto sereno,
enclausurado nas águas delicadas,
verdes e azuis, apaixonadas,
corpos encarcerados.
Clausura emudecida da visão,
grito sem audição.

Ânimo viaja na ausência do vivido.
Peregrina. Natural de um mundo incógnito.
Nada é, na grandiosidade da alma,
no ser metamorfoseado, anónimo.

Aprisionada ao incógnito do nada,
sorte surge iluminada.
Sorte? Um querer imenso.
Viver intenso.
A ponte sem cais de saída,
impede a ida.
Prevalece o desconhecido,
no quadro obscurecido,
uma paleta multicolor,
no âmago do sabor.
Perfume a maresia d’aquém,
aporta nos olhos de quem convém.
Ignorada, a cegueira minha, subsiste,
insistência que persiste.

Aprisionada ao incógnito do todo,
na unicidade vislumbra o fabuloso,
das pontes construídas, interceptadas,
na tela construída, sem cores incomodadas.






"Na prisão dos sentidos o Amor prevalece, na certeza do nevoeiro se dissipar e o Sol voltar a brilhar."


11 dezembro 2007

As pedras da calçada

(Foto de Serenidade)





Sorriem-me as pedras na calçada,
em cada serena passada.
Chovem estrelas, de um céu luminoso,
colidem, beijam, corpo harmonioso.
Ardósia, negra, onde escrevo meu fado,
se torna incandescente por tanto agrado.
A fortuna se torna luzidia,
no negrume, até rocha inerte ria,
vendo as almas divagarem,
sem antes se encontrarem.
O deparo na marítima ladeira,
trouxe onda, felicidade, à minha beira.
Sorrio aos seixos na tua passagem,
entendo-lhes o delicioso fel da linguagem.
Fado próprio, ali, delineado,
anseia o afago do amado.
Alegram-se as pedras da calçada,
resplandecem, por ti ser enlaçada.
Sorriso sereno abençoado,
por teu olhar amendoado.
Penedo negro, translúcido, brilhante,
registo do sorriso eterno, radiante,
meu, que o teu tem intuito de tocar,
não mais o ver, no alto mar, cessar.
Mas… que importam as pedras da calçada,
que piso, que pisas, amenamente?
Ocupo o castelo por elas erigido,
possuo em mim o magnífico sorriso,
enaltecido por teu fitar,
na presença do nosso (a)mar.







"Faz-te ao Mar, mesmo que sejas uma jangada de pedra à deriva!"





07 dezembro 2007

Filha do norte


(Foto de Serenidade)



Acolhes-me como tua filha,
abraças-me qual mar à sua ilha.
Vagueio em ti na luz, que é tua,
ao Sol luzidio e sob prateada Lua.
Deambulando nas estreitas veredas,
rostos informes, incógnitos, são estrelas.
Vulto que me acompanha,
consente que faça coisas estranhas.
Anjo meu, és meu guia,
longe do lar, ages para que sorria.
Almas companheiras, jovens rostos polidos,
são motivo de alegria no dia.
Venturosos, alheados, perdidos
na materialidade dos caminhos vadios,
da cidade que, longe, me acolhe,
neles vislumbro meu sereno norte.
O manto de prata luzidio,
afaga meu corpo fugidio,
de mim e da materialidade,
que encontro nesta e noutra cidade.
O cárcere definhado quer decompor,
alma manifestar puro Amor,
lá, onde nada é efémero,
nosso Amor eterno.



"Por mais que procure ajuda fora de mim, só a encontrarei quando olhar e ler o que está dentro de mim. Nada, nem ninguém, me pode ajudar enquanto eu não me aceitar, tal como sou com minhas virtude e limitações."

06 dezembro 2007

Círio estelar

(Foto de Serenidade)




Orientada pelo norte,
na estrela de David sua sorte,
ver no além o prelúdio
de ter, ser, o refúgio.
O berço que aconchega e protege,
avista-se longe! A força esmorece!
Cintilam pingos de luz,
o olhar que seduz.
A leveza da vereda espinhosa,
envergada na aurora frondosa,
por entre os ais desorientados,
vislumbrando, ao longe, o fado amado.
A bússola indica o sentido,
o rosto, o reflexo de um riso.
Na noite, as estrelas são minha luz,
solidão, leviana, meu capuz,
que afaga os sentidos,
ouve emudecidos gemidos.
Abraçam-me os astros luzidios,

rosto, meu, permite-se esboçar um sorriso.






"Você pode buscar a Paz em qualquer lugar,

Mas só irá encontrá-la na verdade da qual está fugindo."

Buda



05 dezembro 2007

ENCRUZILHADA


Fui desafiada pelas amigas Mel e Impulsos para me ligar a esta ENCRUZILHADA: Compôr um post em prosa/conto ou poesia com o título dos últimos 10 posts, usando outras palavras, pelo meio, para dar sentido ao todo.




A neblina na palavra,
prosa desobrigada,
a súplica, una, emudecida,
alienada no vórtice da loucura,
na vereda do verso, a procura,
macula de candura do alvorecer,
perfeita na imperfeição do ser
não mais ser o parecer.
A sombra camufla vestígios de ti,
o intemporal permanece em mim.
No instante presente o sorrir
do Teu/Meu sentir sempre a surgir.
Compondo fragrâncias,
não mais há vã distância,
na névoa do vocábulo
reluziu o luzidio sol
tal qual és, girassol,
meu porto,
avassalador farol.
Desafio todos os que quiserem brincar com as palavras...
...é fantástico...

01 dezembro 2007

Prosa desobrigada

(Foto de Serenidade)



Letras unidas com suavidade,
soltando-se num grito sentido,
tocaram meu lado esquerdo,
apertado de dor, bradou encolhido.

Emoções sentidas, sem o serem,
vibraram pel’alma, d’além, serena,
chegaram aos olhos e, soltaram-se,
gotículas d’água salgada, amena.

Obstáculos ultrapassados com angústia,
aportaram em mim, relembrando outrora,
a força que transpareceu na tempestade,
é orgulho pela senda relembrada agora.

Rever parte de mim, nas palavras proferidas,
nos sentires convertidos em parca linguagem,
fez reviver a dor que passou e seu rumo seguiu,
lembrar uma longínqua, entranhada, miragem.

Letras unidas pela brandura d’uma guerreira,
duas almas sentindo-se unidas na afinidade,
compartilhando sendas espinhosas, vitoriosas,
sentindo o sentido, partilham-no na amenidade.




"Podes decidir ser anjo durante uns tempos e depois decidires mudar de ideias. E depois podes querer voltar a ser um anjo. Podes andar à volta em ciclos, podes andar às voltas de todas as maneiras, deslocar-te em espiral, mover-te em linha recta, ficar no céu anos a fio, voltar à Terra no momento seguinte - podes escolher o que entenderes.
Tens alguma ideia de Quem Tu És?"

Neale Donald Walsh

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