Serenidade

Sensibilidade...

25 maio 2008

Brilho pardacento


(Foto de Serenidade)



Nascem sem ordem,
brotam na desordem,
correm assombrosamente,
fonte que brilha serenamente.
O rio corre apressado,
contenho o leito desassossegado,
que no momento inapropriado,
sente a liberdade do ser angustiado.
Brota sangue de fonte oculta,
lágrimas de um vermelho puro,
brilhantes, tal gotas de orvalho,
ousadas no instante desenrolado.
Ah seiva encarnada, translúcida,
apertas o ser definhado na angústia,
impedes o fluir do leito cândido,
preferes a correria contrária do fado.



"A magia para a libertação de um simples e magnífico brilho resplandecente é simples! É só estar aqui e agora, focados neste momento e vivê-lo com AMOR."

21 maio 2008

Sebes cristalinas

(Foto de Serenidade)



Flutuo no leito do teu corpo espesso,
estática, ondeada pela arena de feno,
no desértico dos meus pensamentos,
sinto o nirvana do presente momento.
Perplexa ante tua serena pujança,
reflexo da nossa, inconsciente, semelhança,
perpetuas no tempo a metamorfose dos teus,
facultas a relembrança da paridade com os meus.
Voando na brisa que me afaga ternamente,
na quietude do sopro que me abraça meigamente,
visualizo, de olhos cerrados, a luminosidade,
a presença dos elfos zelando pela fecundidade,
os contornos do teu corpo moldados pela mão,
da energia Una que concebeu com emoção,
o Todo que a todos nós pertence,
o Uno que a alma de cada um sente.
Divirto-me com os olhos no teu leito,
sinto como és um ser divino, perfeito,
nas intempéries, agastado, mostras a fortaleza,
na placidez, branda, evidencias tua beleza.
Tuas paredes dividem, na transparência,
os vales da tua colossal existência,
onde a altivez é timidamente patenteada,
a formosura que metamorfoseias, por mim, amada.




"As pessoas são solitárias porque constroem paredes em vez de pontes."

H. Thoreau

17 maio 2008

Deserto florido será

(Foto de Serenidade)


No deserto do meu olhar,
vejo pontes entre nós,
sob a água que flui pró mar,
o reflexo dos corpos num nó.

No deserto do meu amanhã,
corre a seiva que te nutre,
o amor que alimenta
o mel adoçado no açude.

O selvático deserto do teu corpo,
tacteio-o no luar sereno do dia,
percorro os flancos amendoados,
impressão de plena harmonia.

No deserto doirado do amanhecer,
ao teu lado, é oiro valioso,
um manancial de biodiversidade,
na revelação do todo amoroso.

A luz desértica do astro-rei,
transparece um arco-íris iluminado,
fatigado nos instantes ofuscado,
encantado nos ápices amado.

No deserto selvagem do meu ontem,
construi o casto deserto do amanhã,
no deserto tempestuoso do hoje,
vejo que o sereno deserto florido será.
"Os Amigos sempre se encontram"

13 maio 2008

Águas que fluem


(Foto de Serenidade)


Reluz na chama de um olhar ternurento,
cintila ao calor do presente momento,
a luz da vida que a vida alimenta,
substitui a fleuma que o fogo sustenta.
O lado esquerdo exala um suspiro,
a calma que a alma reflecte num gemido,
na colossal alegria do instante ansiado,
o doirado reflexo das águas que fluem estagnadas,
confirmaram a felicidade deste coração amedrontado,
na voz intimidada, no sorriso envergonhado.
O fluir do rio inconscientemente instintivo,
brilhou nas personagens que o pensavam inactivo,
recaiu sobre as almas afins, alimentando,
o carinho por mim avidamente patenteado.
Olho-te de soslaio, sereno estás ao meu lado,
olho-te de frente, teu doce olhar reflecte-o com agrado.



"A vida é fascinante, surpreendente, magnífica... é só nos focarmos em todos os grandes e pequenos momentos positivos de cada dia... foi muito bom, já o está a ser e irá continuar a sê-lo..."

09 maio 2008

Almejada retribuição


(Foto de Serenidade)



As nuvens surgem do nada, opulento no meu coração,
afago-o, segredo-lhe a dedicação das moléculas em união,
a prepotência do lado esquerdo sentir,
ilusoriamente o que a mente, mente para si.
Os raios de um astro-rei sumptuoso,
embalam-me num gesto carinhoso,
luz de um fogo que arde, dói e queima,
ambicioso na retoma da luz que almeja.
É colossal a ousadia do meu sentimento,
peculiar a forma de o reaver no teu manifesto,
presentear sem alguma amorosa reciprocidade,
desvanece a sensação da requerida felicidade.
A certeza da luminosidade atrás das nuvens obscuras,
faz sorrir meu ser e acreditar no teu sentimento puro.



Dar-se sem esperar receber é uma aprendizagem feroz, quero aprender...
Serenidade

06 maio 2008

A luz da plenitude

(Foto de Serenidade)

É colossal a viagem entre os sulcos,
que ficarão gravados pelo tempo,
percorro todos com carinho e meiguice,
arremesso ao mar do contentamento.

Tirei do ventre a pessoa que sempre fui
ofuscada pelo não amor sentir, afim,
hoje, eternamente, te presenteio,
a oferenda que no Universo não tem fim.

Camuflei a existência da alma,
do livre movimento dos corpos em acção,
do amor que almeja contentamento,
do sabor a mel dos favos no coração.

Ofereço-te a plenitude do meu ser,
na noite em que contigo adormecer,
o Sol do dia, em que à beira-mar, te vi,
a Luz do meu Ser, que contigo, voltou a aparecer.


"Estou aqui para te amar, para te segurar, para te proteger...
Estou aqui para aprender contigo e para receber o teu amor em troca.
Estou aqui porque não existe outro sítio onde possa estar..."
Nicholas Sparks

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